Greve do INSS atinge 80% dos servidores no Amazonas, avalia sindicato

20/06/2005 - 11h24

Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil

Manaus – A greve no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que começou no dia 2 de junho, já atinge 80% dos 400 servidores do Amazonas, avalia o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Amazonas (Sindsprev-AM). "Das sete agências da capital, só duas estão funcionando parcialmente. No interior, conseguimos parar três agências (de um total de sete)", diz o diretor do sindicato, Afonson Nascimento. Hoje (20), o sindicato esteve reunido com o senador Jefferson Péres (PDT-AM) para pedir apoio ao movimento.

O secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep-AM), Walter Matos de Moraes, afirma que a paralisação também atinge, desde o dia 4, os servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Delegacia Federal de Agricultura (DFA), da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Desde o dia 9 de junho, os 400 servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Amazonas também aderiram à paralisação. "A greve é só no atendimento ao público. As atividades internas e de campo não foram afetadas", afirma o superintendente regional do instituto, João Pedro Gonçalves da Costa.

A categoria mais numerosa vinculada ao Sindsep-AM - os 1.280 servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) - parou apenas na última quarta-feira (15). "A paralisação atinge cerca de 98% do total de servidores", estima o secretário do sindicato.

"Amanhã haverá assembléia no Ibama. Eu acredito que os servidores de lá também engrossarão o caldo daqueles que lutam pela reconstrução do serviço público", afirma o secretário. Os servidores públicos federais reivindicam a realização de concursos públicos, a aprovação de um plano de carreira, a incorporação das gratificações às remunerações básicas, a adoção do piso salarial de R$ 1.574,00 e reposição salarial de 18% referentes a perdas acumuladas entre 1995 e 2004.