Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - Mais de 4 mil caçadores amadores começam neste final de semana, em 50 municípios gaúchos, a caça de perdiz, pomba-de-bando e pombão nos campos e matos de oito municípios. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro onde a caça amadorista, controlada, é permitida. A temporada se estenderá até o início de agosto. No dia 24 começa a caça de banhado, em que são visadas a marreca-piadeira, a marreca-caneleira e o marrecão. Desta vez não foi liberada a caça da lebre e do perdigão.
A temporada, que deveria ter começado no dia 20 de maio, foi adiada, pois ambientalistas haviam conseguido na Justiça Federal sua suspensão. Na última quinta-feira (16), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região acolheu recurso do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), liberando a temporada.
De acordo com o procurador federal do Ibama no estado, Paulo Airoldi, a caça no Rio Grande do Sul obedece a critérios científicos de manejo e é monitorada pelo Ibama, sem risco de dano ao ambiente.
O vice-presidente da Federação Gaúcha de Caça, Ronaldo Farina, diz que a entidade existe há mais de 60 anos e que todo caçador é consciente de sua responsabilidade e, acima de tudo, um fiscal da natureza e da caça furtiva. Ele diz ainda que a Federação Gaúcha de Caça está contribuindo, só na temporada de 2005/2006, com R$ 500 mil para pesquisa, controle e programa de monitoramento de animais da fauna.
Segundo Ronaldo Farina, a caça amadorista no estado determinou o desenvolvimento de um sistema de fiscalização suficientemente organizado e eficiente para reduzir infrações à fauna. Além da fiscalização federal, o Ibama criou patrulhas ambientais para controlar a caça. Além disso, o caçador amador, com a lei do desarmamento, precisa cumprir as determinações rigosamente para receber a licença de caça.