Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – Trinta e quatro pessoas foram detidas em Curitiba até agora, conforme balanço parcial da Operação Tentáculos, que está sendo realizada hoje na cidade por 180 policiais federais do Paraná e 400 de vários outros Estados. A Operação tem ainda o apoio da Polícia Rodoviária Federal, Exército e Aeronáutica. O objetivo é prender todos os integrantes de uma quadrilha acusada, entre outros crimes, do assassinato, em janeiro, do major Pedro Plocharsqui, sub-comandante do 13° Batalhão da Polícia Militar do estado.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando De Lazari, trata-se de um dos maiores grupos de extermínio do país, formada por policiais militares, advogados e assaltantes. "Esta é a maior operação da história do Paraná. Estamos colocando atrás das grades pessoas que usam da farda e do poder para cometer crimes bárbaros". Entre os detidos está o coronel reformado da PM Lúcio Matos Júnior e sua esposa, que trabalhava com ele em um escritório de advocacia.
Foram expedidos 30 mandados de prisões preventivas e temporárias, entre eles de advogados e policiais militares.
Também foram cumpridos 85 mandados de busca e apreensão em três escritórios de advocacia, 25 em residências de policiais, no quartel do 13º BPM, em celas da Colônia Penal Agrícola e da Casa de Custódia de Piraquara e do Ahú e em uma loja revendedora de peças oriundas de desmanches de veículos.
Segundo o governador do Paraná, as investigações começaram com a investigação da morte, no início deste ano, do major Pedro Plocharski, subcomandante do 13º Batalhão da PM em Curitiba, que na época investigava a participação de policiais em quadrilhas de extermínio.