Brasil tem ensino básico mais universalizado que países do Caribe e da América Latina

16/06/2005 - 15h17

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil tem indicadores melhores do que a América Latina e Caribe no que se refere ao Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de atingir o ensino básico universal. A afirmação está no relatório Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: um olhar da América Latina e do Caribe.

O relatório informa que a taxa líquida de matrícula no ensino básico passou de 86% para 97% entre 1990 e 2001. O secretário executivo adjunto do Ministério da Educação (MEC), Jairo Jorge, considera que "os dados que dizem respeito à educação entusiasmam, mas não acomodam". Ele ressalta que, além do número de matrículas, é preciso garantir a qualidade da educação para evitar a evasão escolar. O relatório destaca ainda a necessidade do país em acelerar os esforços para diminuir a taxa de analfabetismo entre as pessoas de 15 a 24 anos.

O relatório Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: um olhar da América Latina e do Caribe, elaborado por 12 agências da Organização das Nações Unidas (ONU), com coordenação da Comissão Econômica para América Latina (Cepal), foi lançado hoje (16) no Brasil.

Os ODM foram adotados em 2000 pelos governos de 189 países, incluindo o Brasil, como um compromisso para diminuir a desigualdade e melhorar o desenvolvimento humano no mundo. Os oito objetivos propostos que devem ser cumpridos até 2015 são: erradicar a extrema pobreza e a fome; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para mundial para o desenvolvimento.