Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Duas pesquisas confirmam que o país tem criado mais empregos formais com carteira assinada, que informais. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, e a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Isso não ocorre normalmente", avalia o economista Marcelo Ávila, do Grupo de Mercado de Trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Pelo levantamento do IBGE, em abril, houve um crescimento de 6,4% dos empregos com carteira do setor privado, enquanto que a criação de empregos sem carteira para este mesmo setor aumentou em apenas 2,2%.

Nos quatro meses, o emprego com carteira cresceu a uma velocidade acima dos sem carteira. Em fevereiro, março e abril houve um movimento bem nítido de criação de emprego formal acima dos informais. "O que acabou aumentando o grau de formalidade da economia", considera Ávila.

A pesquisa do IBGE cobre seis regiões metropolitanas do Brasil, informando sobre empregos formais e informais. Já o Caged é um cadastro dos empregos formais em todo o país. Seus dados têm por base informações mensais de empresas sobre a movimentação do emprego, como demissão e contratação.