Valtemir Rodrigues
Da Voz do Brasil
Brasília - A população está aprendendo a se alimentar de forma nutritiva, econômica e sem desperdício com o programa Cozinha Brasil. O programa é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Conselho Nacional do Serviço Social da Industria (Sesi). Atualmente 15 estados já conhecem o programa. A partir desta quarta-feira (15), outros 12 vão ganhar as cozinhas móveis para implantar o Cozinha Brasil.
Essas unidades são projetadas para ensinar o preparo de alimentos a baixo custo e alto valor nutritivo, utilizando os recursos da própria região para a elaboração de refeições sadias e saborosas.
Joana Dark, uma dona de casa moradora da periferia de Brasília e ex-aluna do programa diz que o aprendizado que adquiriu contribuiu para uma mudança de hábitos alimentares. "Lá em casa mudamos a nossa forma de comer. Antes a gente comia muita comida gordurosa e frituras e agora não, agora é salada, frutas, verduras e sucos". Ela disse também que no curso aprendeu a utilizar melhor os alimentos sem desperdiçá-los, aproveitando cascas, talos e sementes.
O diretor da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Marcos Del Fabbro, diz que a idéia do programa é aumentar o nível de saúde e de qualidade de vida da população. "A questão do projeto é levar informações de educação alimentar e nutricional. Dentro das ações do programa Fome Zero é nossa intenção trabalhar a informação para qualificar o consumo de alimentos, ou seja, de forma a população pode consumir mais e melhor."
Del Fabbro diz que a metodologia do programa é orientar também como usar o alimento de forma integral. "Atualmente cerca de 30% da produção agrícola é desperdiçada desde a produção, no transporte e no consumo. E o Fome Zero dá sua contribuição no que diz respeito ao consumo doméstico, na escola, na cozinha comunitária contribuindo para que desperdicem cada vez menos."
De acordo com o diretor, a expectativa do programa é capacitar até 2006 mais de 100 mil brasileiros. O programa já recebeu investimentos da ordem de R$ 13,5 milhões para serem aplicados na formação de capacitadores, produção de material didático e desenvolvimento de cursos para a população.
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