Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio - A greve dos funcionários da Seguridade Social completou 14 dias no Rio de Janeiro e a expectativa é que haja ampliação do movimento. Segundo a diretora de Organização do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ) Conceição Marques Santos, 85% dos funcionários da Seguridade Social nos ministérios da Saúde, da Previdência e do Trabalho aderiram à paralisação no estado.
Segundo a diretora do Sindsprev, nos hospitais onde os funcionários mantinham estado de greve, os pacientes estão sendo avisados de que a partir da próxima semana os atendimentos serão paralisados. Ela diz que o Hospital Geral de Bonsucesso, por exemplo, estará em greve a partir de segunda-feira. "Continuam em greve os hospitais estaduais, as grandes emergências, o Hospital dos Servidores do Estado, a maior parte dos Postos de Assistência Médica. Há tendência também de paralisar os hospitais da Piedade e do Andaraí e estamos preparando a paralisação das unidades de Ipanema e Lagoa".
Apesar da paralisação, ela afirma que os atendimentos de emergência nos hospitais estão mantidos. "Ninguém é irresponsável. Os casos de emergência são atendidos e os exames laboratoriais de emergência também".
Na avaliação do sindicato, a decisão do governo de centralizar a negociação no Ministério do Planejamento prolonga a greve. "Nós queremos que os ministérios tenham autonomia para negociar com os seus servidores e o governo resolveu centralizar tudo no Planejamento, Casa Civil e na Fazenda".
Em greve desde o dia 2 de junho, os servidores federais querem reajuste salarial, incorporação das gratificações, projetos de valorização dos servidores, concursos públicos, melhores condições de trabalho e da qualidade dos serviços prestados.
Paralelamente à greve do funcionalismo federal, os hospitais estaduais também estão em greve, mas com outra pauta de reivindicações: o fim do uso de cooperativas de trabalhadores nos hospitais e a implantação de um plano de carreiras.
