São Paulo, 15/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Grupo Schincariol divulgou nota à imprensa em que refuta as acusações feitas contra os dirigentes "que foram vítimas" da Operação Cevada, realizada pela Polícia Federal e Receita Federal para investigar denúncias de sonegação fiscal praticada pelas empresas de bebidas em 12 estados. Hoje foram presas 70 pessoas – a Justiça decretou 77 mandados de prisão.
A nota informa que os documentos fiscais "sempre estiveram à disposição do fisco" e que a empresa concluiu em janeiro a instalação de medidores de vazão, que permitem a verificação, em tempo real, do volume de produção. E que era aguardada "unicamente a homologação da Receita Federal para que entrassem em funcionamento".
O grupo lamenta, na nota, "a forma como foi conduzida a ação, pautada por um comportamento violento e sensacionalista contra cidadãos de bem, que não ofereceram qualquer resistência, com residência fixa e conhecida". E "vem a público negar veementemente as acuções que lhe vêm sendo imputadas".
As ações da Operação Cevada concentraram-se nas indústrias de cervejas e refrigerantes do grupo instaladas em Itu, sede da empresa, no interior de São Paulo, e na fábrica de Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro. Também foram realizadas ações de busca e apreensão nas empresas de distribuição Dismar Comercial Ltda, Disbetil Distribuidora de Bebidas Timbaubense Ltda, Fácil Comércio de Alimentos e Bebidas, Transpotencial Ltda e Mas Import Comércio e Distribuição de Bebidas Ltda.
Entre os presos estão os donos da empresa, Adriano, Alexandre e Gilberto Schincariol, e os filhos Gilberto Júnior e José Augusto. Os diretores José Rosan Domingos Francischinelli e José de Assis Carvalho, e o diretor da fábrica no Rio, Carlos Rafael, também foram presos por conta do esquema de sonegação.
O superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, José Ivan Lobato, informou que todos responderação também por crime de formação de quadrilha. E que as ações continuarão sendo realizadas. A empresa, acrescentou, continua funcionando.
No Rio de Janeiro, foram presos diretores e funcionários das distribuidoras investigadas, entre eles, Carlos Alberto Britto Vieira, Cleydson de Souza Ferreira, Neilson de Oliveira, Fernando de Carvalho, José Carlos Barbosa Filho, Mirtes Fabiana Ribeiro, Robson de Almeida Pinto, Roberto Borges de Almeida e o fiscal da Receita Estadual, Paulo Fadigas de Souza. Outras prisões foram realizadas em Recife (PE).