Diretor da Fiesp diz que MP do Bem incentivará geração de empregos na construção civil

15/06/2005 - 19h37

São Paulo, 15/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O que o governo deixar de arrecadar em impostos provenientes da desoneração no setor de construção civil com a MP do Bem deverá ser compensado, inclusive com aumento de emprego. A análise é do diretor do Comitê da Cadeia Produtiva da Construção Civil (Comcic), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Mário William.

"No primeiro ano, em uma estimativa do próprio governo, haverá uma desoneração de cerca de R$ 250 milhões e, para 2006, espera-se com estas medidas uma desoneração de R$ 500 milhões só no setor imobiliário", disse. Ele acrescentou que a MP também provocará disponibilização de recursos privados: "Só dos bancos privados, teremos R$ 12 bilhões para o mercado imobiliário, o que gera uma boa quantidade de emprego e, conseqüentemente, de arrecadação de impostos".

O diretor lembrou que "outro bom incentivo" será dado nesta quarta-feira com a sanção, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da lei que cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e estabelece o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social. A proposta, que tramitou 13 anos no Congresso até a aprovação no final em maio, tem como principal objetivo somar e articular os recursos para ações em habitação nos três níveis de governo - federal, estaduais e municipais -, e direcioná-los para atender as famílias de baixa renda.