Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar denúncias de corrupção nos Correios inicia os trabalhos na próxima terça-feira (21) e deve votar 84 pedidos apresentados à secretaria da Comissão para a convocação de possíveis envolvidos em irregularidades na estatal. No mesmo dia, a CPI vai colher o depoimento de Maurício Marinho, ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios que foi flagrado em fita de vídeo recebendo R$ 3 mil em propina.
O presidente e o relator da Comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS) e deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), prometem trabalhar durante todo o final de semana para estudar os requerimentos e agilizar a votação das matérias. "Eu ainda não tive acesso aos requerimentos. A partir da leitura, vou esquematizar (a votação). Tem de tudo. Os requerimentos podem ser repetitivos, sabe Deus quantos têm iguais", afirmou o relator Osmar Serraglio.
Só o senador César Borges (PFL-BA), que disputou a presidência da Comissão com Delcídio Amaral, apresentou 21 pedidos à CPI para a convocação de testemunhas e requisição de documentos que ajudem nas investigações. Além de Maurício Marinho, o senador pefelista quer ouvir o depoimento do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de todos os envolvidos na gravação da fita de vídeo que deu início à Comissão.
A CPI tem 180 dias para concluir os trabalhos, prazo que pode ser prorrogado por igual período. O presidente da Comissão estabeleceu segunda-feira (20) como a data-limite para a apresentação de requerimentos. "É importante definirmos o cronograma com as lideranças. Vamos ouvir primeiro o Maurício Marinho e, depois, frutos desse depoimento. Vamos ter tranqüilidade para convocar as pessoas, ir encaminhando as questões".