Brasil deve apostar em parceria com Argentina e Venezuela para comércio de gás, diz Firjan

15/06/2005 - 16h41

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - As negociações entre Brasil, Venezuela e Argentina sobre o comércio de petróleo e gás são uma alternativa a um eventual quadro de desabastecimento do gás importado da Bolívia, avalia o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. "Evidentemente que a Bolívia é um parceiro importante, mas nós temos que descobrir alternativas e elas estão sendo buscadas, inclusive através de pesquisas em nosso litoral".

Ele diz que no período em que foi construído o gasoduto Bolívia-Brasil, não havia outra alternativa para o país. "O gás estava lá. O governo fez bem em construir esse gasoduto. Agora, porém, temos que procurar alternativas da Argentina, parcerias com a Venezuela para diminuir o peso específico da Bolívia".

Brasil, Peru, Chile, Argentina e Uruguai estão discutindo o projeto de interconexão de gasodutos entre os países. Os estudos vão ser apresentados e avaliados na Cúpula do Mercosul, em Assunção, no próximo dia 20. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), segundo a nota divulgada em conjunto pelos países, está propenso a prestar apoio técnico e financeiro ao projeto. Os governos desses países sul-americanos também consideraram conveniente integrar o governo da Bolívia ao projeto – país que não esteve presente à reunião.