Èrica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A trégua declarada pelos movimentos sociais na Bolívia após a posse do novo presidente do país, Eduardo Rodríguez Veltzé, possibilitará que o abastecimento de gás natural no Brasil não sofra racionamento, segundo informou o Ministério de Minas e Energia em nota divulgada no final de semana. Segundo o ministério, a tendência é de retorno à normalidade da situação política na Bolívia. "Está havendo uma trégua e não vejo maior risco no fornecimento", afirma o ministro conselheiro da embaixada do Brasil na Bolívia, Carmelito Melo.
No sábado, as unidade de produção de gás natural na Bolívia já haviam retomando o ritmo normal, da mesma forma que os campos de gás natural de Santo Alberto e de Santo Antônio, ambos da Petrobras, operavam sem problemas, diz a nota do ministério.
"Pelo que nós estamos acompanhando não houve nenhuma suspensão do fornecimento de gás e não há, num futuro imediato, nenhum risco de paralisação da produção nos campos de gás e nos dutos, ou seja, na produção e exportação de gás para o Brasil. Eu não vejo nenhum risco num futuro próximo continuando essa situação de suspensão das medidas de pressão dos movimentos sociais contra o governo", avalia Carmelito Melo.
O Brasil importa 24 milhões de metros cúbicos de gás por dia da Bolívia, metade do que consome. Boa parte do produto é destinado à produção industrial.