Brasília, 13/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O militar reformado da Marinha Arlindo Molina, suspeito de participar do suposto esquema de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), continua preso na Polícia Federal. À meia-noite, vencerá o prazo de prisão de Joel Santos Filho, que confessou ser o autor da gravação da fita que deu origem às denúncias de corrupção.
Em seu depoimento, Joel afirmou que o mandante da gravação seria o empresário Arthur Washeck. Segundo o procurador Bruno Acioly, "existe forte probabilidade de que tenha sido o Arthur o mandante da gravação. A questão é se foi ele sozinho ou se há outros mandantes. Estamos montando o quebra-cabeças".
Washeck se apresentou hoje à tarde à PF, por conta própria. Ele deverá prestar depoimento amanhã (14), quando Molina também poderá ser ouvido novamente. O advogado de Arthur Washeck, Paulo Ornelas, informou que seu cliente entregou a fita à diretoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos logo que soube da gravidade dos fatos: "Tão logo foi gravada, Arthur sentiu a gravidade do caso e encaminhou à diretoria da empresa".
O advogado não revelou, porém, aquem a fita teria sido entregue. E disse ainda que quem encaminhou a fita à imprensa, sem a autorização de Arthur, foi Jairo Souza Martins. O Arthur "jamais entregou ou vendeu esse fita à imprensa e nunca deu aval para que Jairo a entregasse", disse Ornelas.