Brasília, 13/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - A população indígena de 17 aldeias do Mato Grosso do Sul foi beneficiada nesta segunda-feira com a entrega de 270 casas populares construídas com recursos do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH Indígena). Cada casa tem chuveiro, vaso sanitário, pia, tanque e fossa séptica.
O programa é uma parceria do Ministério das Cidades e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão do Ministério da Saúde, responsável pela construção de Melhorias Sanitárias Domiciliares (MSD) em 226 casas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 3 milhões de crianças menores de 5 anos morrem a cada ano, no mundo, de doenças diarréicas, devido à falta de redes de esgoto e de água tratada. Já os dados do Ministério da Saúde indicam que 83% dos municípios brasileiros com população de até 30 mil habitantes possuem baixa ou nenhuma capacidade de investir dinheiro em obras de saneamento básico.
O presidente da Funasa, Waldi Camárcio Bezerra, disse que os equipamentos sanitários foram fornecidos pela Fundação, resultado de investimentos de R$ 600 mil. E que mais R$ 800 mil serão investidos na melhoria de outras 400 moradias, visando a redução da incidência de doenças em áreas indígenas. "As doenças de transmissão por falta de condições de água tratada e destino adequado dos dejetos são as mais registradas na nossa população indígena", disse.
As melhorias nas casas, acrescentou, possibilitarão a redução em mais de 70% das doenças comuns a essas populações, principalmente as diarréias, que afetam mais as crianças.
A cerimônia de entrega das casas foi realizada na aldeia Passarinho, município de Miranda (MS), com a presença do ministro das Cidades, Olívio Dutra; do coordenador regional da Funasa em Mato Grosso do Sul, Lenildo Dias de Morais; e de lideranças indígenas. As 17 aldeias beneficiadas ficam nos municípios de Miranda, Aquidauana, Anastácio, Amambaí, Porto Murtinho, Japorã e Paranhos.