Líder do governo diz que não há indício de reforma ministerial

13/06/2005 - 17h48

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que não há no governo nenhum indício de mudanças ministeriais. Chinaglia, que participou na manhã de hoje de uma reunião de coordenação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, disse que este assunto não fez parte da pauta da reunião de hoje e que é de competência do presidente.

"Se em algum momento o presidente resolver fazer qualquer, alguma ou muitas mudanças ministeriais ele fará, mas não creio que faria em função daquilo que principalmente a oposição disse que tem que ser feito", disse Chinaglia, ao deixar o Itamaraty, após almoço oferecido ao presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso.

O líder disse não acreditar em mudanças no governo, já que esta é uma vontade da oposição. "A oposição está tentando desgastar o governo para disputar as eleições".

Ele voltou a afirmar que o presidente Lula está "tranqüilo, como sempre tem estado", com relação às denúncias vinculadas na imprensa. Chinaglia afirmou que na sua opinião, assim como na do presidente Lula, "todas as dúvidas precisam ser esclarecidas e todos os rumores drenados, doa aonde doer, doa em quem doer".

Quanto à acusação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de que Dirceu participou de reuniões no Palácio do Planalto para discutir a composição do governo, Chinaglia disse que "isso é próprio de quem tem a função constitucional de coordenar o governo". E acrescentou: "Isso era feito não só com o PTB, mas com todos os partidos, dentro da democracia e à luz do dia. Isso, eu imagino, ocorreu na época da composição do governo", respondeu, questionado sobre a suposta saída de Dirceu de sua pasta.

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou ontem, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que discutiu a distribuição de cargos no governo em reuniões, no Palácio do Planalto, com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o presidente nacional do PT José Genoino, o secretário nacional de Finanças, Delúbio Soares, o secretário-geral, Silvio Pereira, e o secretário de Comunicação, Marcelo Sereno.