Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio – Metade dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do Rio de Janeiro – pelo menos – terá que trabalhar nas agências da Previdência Social do estado, durante a greve nacional do funcionalismo federal. A decisão foi tomada hoje (13) pela 14ª Vara Federal da Justiça do Rio.
O Ministério Público Federal havia entrado, na última quinta-feira, com uma ação pedindo que a Justiça garantisse o atendimento em postos do INSS no estado, já que os servidores da Previdência estão em greve desde o último dia 2, e a adesão à mobilização aumenta a cada dia.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, do Trabalho e da Previdência do Rio (Sindsprev/RJ), Rolando Medeiros, os sindicalistas não acatarão a decisão judicial, já que a greve não estaria prejudicando a população que procura o INSS para a concessão de benefícios urgentes – algo que, na verdade, depende da perícia médica, como o auxílio-doença.
"Na realidade, nossa greve só prejudica aqueles que estão procurando a Previdência para dar entrada na contagem de tempo de serviço ou o pedido de aposentadoria", informou Medeiros. Ele informa que o sindicato deve recorrer.
Hoje, apenas 44 dos 87 postos do INSS abriram normalmente. Outros 12 funcionaram parcialmente e 31 ficaram fechados. Segundo o Sindsprev, a adesão dos servidores do Rio à greve nacional do funcionalismo público ultrapassa 90%.