Recife, 13/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O processo de reforma agrária está parado em Pernambuco, em função da greve de 190 servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), deflagrada no dia 2.

De acordo com o técnico de assentamentos do Instituto, Eduardo Garcia, ficou cancelada por tempo indeterminado a programação para vistoriar 400 áreas passíveis de desapropriação. Ele disse que a meta de assentar 8.800 famílias neste ano, em todo o Estado, está distante de ser alcançada. Informou que até agora somente 500 famílias conseguiram a posse definitiva da terra, em sete áreas.

Garcia destacou que a imissão de posse de 18 áreas, que seriam destinadas ao assentamento de 2.500 famílias de trabalhadores rurais, foi suspensa pela Justiça, por causa de ações impetradas pelos proprietários dos imóveis.

A assessoria de imprensa do Incra informou que atualmente 28 mil famílias, ligadas a 14 movimentos sociais, estão vivendo em acampamentos de lona, à espera da reforma agrária.

Os servidores do Incra reivindicam antecipação de 18% das perdas salariais dos últimos anos, incorporação das gratificações aos salários e recomposição da força de trabalho, por meio da realização de concurso público.