Melina Fernandes
Da Agência Brasil
São Paulo – O sindicato dos trabalhadores em Saúde e Previdência no estado de São Paulo (Sinsprev) decidiu, por unanimidade, manter a greve da categoria que hoje (9) completa uma semana. "O governo pode multar, cortar ponto, que o sindicato vai manter a greve porque não houve nenhuma proposta do governo", diz José Rubens Decares, diretor do Sinsprev. Segundo o sindicato, 96% dos postos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) não funcionaram nesta quinta-feira na cidade de São Paulo. Na região metropolitana, a adesão foi de 61,5% e no interior, 46%.
De acordo com Decares, o sindicato vai recorrer da decisão da juíza Maria Lúcia Lencastre Ursaia, da 3ª Vara Federal Cível de São Paulo, que na última terça-feira determinou que pelo menos 60% dos servidores da Previdência trabalhem normalmente para garantir o atendimento da população. "Para nós não é a juíza que tem que determinar o fim da greve, isso é decisão dos trabalhadores", afirma o dirigente sindical.
Na última sexta-feira (3), o Ministério Público Federal em São Paulo apresentou Ação Civil Pública pedindo o fim imediato da greve dos servidores do INSS no estado. O MP alegou que a paralisação fere o interesse da sociedade uma vez que o atendimento nos postos do INSS é um serviço básico do qual dependem muitas pessoas. A ação pedia, além do fim da greve, a definição de uma equipe emergencial de trabalho durante a paralisação, com pelo menos 60% dos servidores em cada município.