Greve no Ministério da Agricultura começa a afetar exportações

09/06/2005 - 13h34

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - Dos 650 funcionários que o Ministério da Agricultura possui no Paraná, 340 estão em greve há uma semana. No Porto de Paranaguá, onde são expedidas diariamente, uma média 300 liberações de exportação, estão sendo feitas apenas 120. A vistoria dos navios também está comprometida.

É o movimento de paralisação Pró-Carreira, feito por funcionários das áreas técnica e administrativa. Eles reivindicam uma gratificação de R$ 2.753,00 para funcionários de nível superior, R$ 2.064,00 para intermediários e R$ 1.238,00 para auxiliares.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Agricultura no Paraná (Simapar) e coordenador do movimento no estado, Gerson Karpstein, trata-se de um adiantamento do que já consta em uma pauta que está sendo negociada com o Ministério do Planejamento, Casa Civil e Ministério da Agricultura. Ele alega que alguns cargos , como os fiscais federais agropecuários e servidores da área de inspeção federal já tiveram seus salários corrigidos. "Nós queremos que o nível de salário se iguale ao de categorias que já foram contempladas", explica.

Segundo Karpstein, a paralisação já está afetando toda a estrutura do ministério no Paraná, pois está faltando principalmente material de expediente que não está sendo liberado para que o trabalho seja realizado.

A greve pode prejudicar também 13 mil pescadores de 20 colônias existentes no Paraná, que dependem do Departamento de Pesca do Ministério da Agricultura para renovação da autorização para barcos pesqueiros. Empresas que adquiririam 65 mil sacas de café em um leilão realizado na semana passada em Londrina também aguardam o fim da greve para conseguir a liberação do Ministério da Agricultura para comercializar o produto.