Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios é motivo de disputa entre a base e a oposição no Congresso. As bancadas discutem quem serão o presidente e o relator da CPMI.

Tanto a base quanto oposição querem uma das vagas. O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a bancada do PT aspira a relatoria ou presidência da CPMI. O líder do PFL, José Agripino, já declarou que o nome para oposição – para um dos cargos – é o senador César Borges.

A CPMI deverá ser instalada esta tarde, quando serão eleitos o presidente e relator da comissão. Segundo Chinaglia, antes de indicar um nome, é preciso avaliar o perfil do parlamentar. Se não houver acordo, o presidente e relator serão escolhidos por meio de votação. "A CPI é um elemento de muita disputa. Está havendo tentativa de compor com a oposição", afirmou. "Sem acordo, vamos para o voto. Não de forma arrogante, mas acredito que a gente ganhe", ressaltou.

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, anunciou ainda que o partido decidiu propor a autoconvocação do Congresso Nacional, sem custos ao estado, para continuar os trabalhos da CPI e a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O presidente do PFL anunciou que seu partido apresentará à Procuradoria Geral da República notícia-crime contra o tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, com base nas afirmações de Roberto Jefferson de que o tesoureiro seria o responsável pelo pagamento de mesadas a parlamentares.