Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – A renda individual da mulher solteira e sem companheiro é cerca de 62% maior do que a das acompanhadas, segundo a pesquisa Sexo, Casamento e Economia que o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas lançada hoje (9).
O Diretor do CPS/FGV, Marcelo Néri, observou que quando se analisam os determinantes econômicos dos casamentos e da chamada "solidão feminina", que cresceu nos últimos 30 anos, nota-se que que as mulheres têm maior força econômica hoje e maior participação no mercado de trabalho. O estudo identifica que as mulheres acompanhadas têm uma renda menor que as sozinhas.
Segundo Néri, isso ocorre porque as mulheres solteiras têm acesso também a maiores rendas de pensões e aposentadorias, e à própria pensão alimentícia, no caso das descasadas. "Ou seja, o direito previdenciário e o direito de família, assim como as conquistas da mulher no mercado de trabalho, criaram a oportunidade de as mulheres optarem de maneira diferente em relação a como era há alguns anos. Elas querem estar sozinhas e então, nesse sentido, os casamentos hoje são mais dissolúveis – até pelas oportunidades econômicas que hoje se apresentam à mulher."