Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O diretor do Banco Mundial, Daniel Kaufmann, diz considerar o Brasil como um dos países que mais buscaram combater a corrupção. Kaufmann destaca o aumento do número de ouvidorias, a maior transparência de contratos governamentais e a realização de mais concursos públicos.
"O que faz com que as instituições melhorem é a participação do cidadão em todos os processos. Além disso, os países que têm agentes públicos despolitizados se saem melhor nas análises de combate à corrupção", defende.
Ele também elogia a atuação do governo Lula nesse assunto. "O atual governo brasileiro é um dos que mais desenvolveram mecanismos de controle e denúncia para estes crimes".
Kaufmann relatou ainda a conclusão de um estudo do Banco Mundial, apresentado no Fórum Econômico Mundial em janeiro deste ano, que relaciona a renda média de um país e seu nível de corrupção. A pesquisa foi feita com empresários da América Latina, Leste europeu e Ásia.
"A pesquisa comprovou que, apesar da estabilidade macroeconômica, o nível de corrupção nesses locais continua alto. Acrescento, também, que impacto entre o grau de corrupção de um governo e a renda per capita da população segue uma direção única. Se melhora o controle da corrupção, há o aumento da renda. Mas não funciona no vice-versa".
Kaufmann participou do 4º Fórum Global de Combate à Corrupção em Brasília que termina amanhã (10). Participaram do evento representantes de mais de cem países para discutir medidas eficazes de prevenção e combate à corrupção.