Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – Acesso e infra-estrutura, capacidades e conhecimentos, aplicações públicas e instrumentos de política pública são os quatro capítulos em que foram organizadas as 30 metas de ação para desenvolver comunicação entre as pessoas e os povos que vivem na América Latina e Caribe. A partir de hoje (8), o evento preparatório à 2ª fase da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, que ocorrerá em novembro próximo, na Tunísia, discute e aprova essas 30 metas, no Rio de Janeiro.
A Conferência é promovida pelo governo brasileiro, com apoio da Comissão Econômica das Nações Unidas para América Latina e Caribe (Cepal). Das 167 metas contidas no plano de ação elaborado na 1ª etapa da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, em Genebra, Suíça, em 2003, a América Latina e o Caribe conseguiram reduzir para cerca de 30 o número de metas que compõem o atual plano de ação regional.
Em se tratando do problema relacionado ao acesso à comunicação, por exemplo, o diretor de Desenvolvimento Produtivo e Empresarial da Cepal, João Carlos Ferraz, disse que a taxa de penetração de internet banda larga nas residências dos países desenvolvidos é muito alta, enquanto na América Latina o acesso não será facilitado, pelo menos nos próximos 10 a 20 anos. "Isso indica que formas de acesso coletivo têm uma importância na região maior do que em outras regiões desenvolvidas", disse.
Ferraz sugeriu como solução investimentos em telecentros, por exemplo, ou na banda larga para escolas e municípios. Para enfrentar o desafio da capacitação, afirmou que o investimento na educação dos jovens e de seus professores é de importância fundamental.
A reunião da Tunísia em novembro vai fechar a 1ª etapa da reunião da Cúpula Mundial sobre Sociedade da Informação, realizada em Genebra, quando foi aprovada uma declaração política e um plano de ação. Ficaram algumas pendências, referentes a questões como software livre, financiamento ao Fundo de Solidariedade Digital e governança de Internet.