Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - A Polícia Federal prendeu hoje (8) em Porto Alegre e Cachoeirinha, na região metropolitana, nove pessoas envolvidas com uma quadrilha suspeita de fraudar o INSS em cerca de R$ 1,5 milhão por mês.
Segundo o delegado José Mauro Pinto Nunes, que chefiou a operação batizada de Operação Gavião, foram presos o vereador de Cachoeirinha Clovis Pritula (PMDB), a mãe dele, Váli Pritula, seu irmão Emerson Pritula, sua esposa, Lisiane da Silva Pritula, o médico Ruy Luís Peixoto, responsável pela falsificação de laudos e a advogada Alessandra Morais Pontes, entre outras pessoas.
A força-tarefa formada pela PF, Ministério Público, Justiça Federal e INSS, utilizou 127 agentes. O grupo fraudava a previdência com a utilização de atestados médicos falsos na instrução de perícias, para obtenção de mais de mil auxílios-doença e aposentadorias por invalidez.
O delegado titular da Delegacia de Crimes Previdenciários, Ildo Gasparetto, disse em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje que o caso vinha sendo investigado há seis meses. O delegado suspeita que muitos benefícios foram trocados por votos pelo vereador Pritula.
De acordo com o auditor fiscal do INSS, Dilmatr Pregardier, a primeira avaliação aponta para valores em torno de R$ 1,5 milhão por mês mas que esses valores poderão ser superiores. Ele explicou um dos objetivos é recuperar o dinheiro perdido.