Olga Bardawil
Repórter da Agência Brasil

Fortaleza - O Ceará tem cerca de 200 mil crianças trabalhando, das quais 126 mil estão na zona rural e a grande maioria deixou os estudos ou nunca freqüentou uma escola. E apenas 20 mil estão inscritas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, o PETI, do Ministério do Desenvolvimento Social. Ampliar esse atendimento para as crianças que trabalham na roça é o grande objetivo do Termo de Compromisso assinado ontem (7) pelo governador Lucio Alcântara e que, segundo o Secretário da Ação Social, Raimundo Gomes de Matos, o Ceará só é possível a partir das ações integradas.

"Juntar os esforços e os recursos tanto do governo federal, quanto estadual e governos municipais em programas que envolvam várias atividades de diversos setores. Assim você tem o esporte, a cultura e a educação se somando para dar à criança e ao adolescente as alternativas", explicou.

O secretário citou como exemplos os programas de "retaguarda", como o Fora da Rua Dentro da Escola, os ABC’s, o Circo Escola, entre outros, ajudam a manter as crianças estudando e ainda desenvolvem o lado artístico, garantindo lazer através das atividades lúdicas.

No Ceará, o PETI existe em 92 municípios, e oferece atividades de esporte, cultura e lazer, e uma bolsa no valor de R$ 25,00 por criança.