Priscilla França
Da Agência Brasil
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão pode significar a retomada de negociações que poderão trazer grandes resultados na área econômica, como investimentos dos países asiáticos em solo brasileiro e, do ponto de vista político, fortalecer a possibilidade de que o Brasil se torne membro do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com o coordenador do Núcleo Asiático da Universidade de Brasília, professor Lytton Guimarães, a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão representa a retomada de um relacionamento muito importante para o nosso país: "Há aí um novo interesse por interesse por parte dos dois governos".
Para o coordenador é possível também que dessa visita, do ponto de vista político, o Brasil se fortaleça na tentativa de se tornar membro do Conselho de Segurança da ONU: "Há possibilidades de investimento. Do ponto de vista político é importante o contato com o Japão, especialmente tendo em vista a possibilidade de Brasil e Japão se tornarem membros do conselho."
O coordenador afirmou que é importante o Brasil voltar sua atenção para países como o Japão e a Coréia e do continente africano, mas que o país não deve negligenciar os relacionamentos com os Estados Unidos e países europeus – especialmente em relação às exportações. "Não pode deixar de manter um bom relacionamento com esses parceiros. O mercado norte-americano, por exemplo, compra 70% aviões que a Embraer produz. Ásia, África e América Latina podem ser mercados a médio e longo prazos", ponderou.
Para Guimarães, a aproximação do Brasil com países como a Argentina, Venezuela e Bolívia é positiva, mas não se deve esperar muito dela a curto prazo. Com estes países, existe "uma dificuldade sempre presente", comentou.