Polícia Civil do DF acredita que mais de um funcionário do Cespe está envolvido nas fraudes

27/05/2005 - 14h32

Luciana Valle
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Polícia Civil do Distrito Federal considerou irrelevantes as informações fornecidas pelo procurador da Fundação Universidade de Brasília, José Weber Holanda Alves, nessa quinta-feira (26), à Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (DECO). Ele apresentou o nome de um ex-funcionário do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), da UNB, como suposto envolvido nas fraudes de concursos públicos realizados pela instituição.

O chefe da Comunicação Social da Polícia Civil do DF, Miguel Lucena, afirmou que o acusado já tinha sido investigado pela polícia, chegou a ser preso e interrogado, mas foi liberado. O ex-funcionário, que era terceirizado, operava uma máquina copiadora na gráfica do Cespe entre 2001 e 2003. Segundo o assessor, os investigadores acreditam que haja mais de um funcionário do Cespe envolvido nas fraudes.

"O Cespe assegurava, com toda firmeza, que não havia possibilidade de fraude nos concursos e agora já admite que houve um problema em 2003 e que o funcionário foi punido", afirmou Lucena. Na opinião do assessor, a postura do Cespe em relação às investigações mudou bastante e agora a instituição dá sinais de colaboração.

Uma testemunha-chave foi ouvida na madrugada de hoje pela Polícia Civil do DF, mas sua identidade está sendo preservada. A testemunha, segundo Lucena, tem ligação com a quadrilha de fraudadores e sua colaboração poderá levar a outros envolvidos nas fraudes e à rápida conclusão das investigações.