Alerj tenta impedir uso de trabalhadores cooperativados nos hospitais do RJ

27/05/2005 - 9h22

Jorge Machado
Repórter da Agência Brasil

Rio - O presidente da comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Pinheiro (PT), entrará hoje com uma representação no Ministério Público do Trabalho para tentar impedir o uso de trabalhadores cooperativados nos hospitais estaduais. Em toda a rede, são mais de 9 mil prestadores de serviço que, conforme a proposta da Secretaria estadual de Saúde, terão de se tornar cooperativados.

Nos últimos dias, muitos prestadores de serviço deixaram a rede de saúde porque não querem se filiar à cooperativa, o que tem prejudicado o atendimento, inclusive nas emergências. Os profissionais que não aderiram ao novo modelo também reclamam que não receberam o salário de abril. Neste feriado prolongado, apenas os casos mais graves estão sendo atendidos em hospitais de grande porte, como Pedro II (Santa Cruz), Rocha Faria (Campo Grande), Albert Schweitzer (Realengo) e Adão Pereira Nunes (Saracuruna).

O deputado Paulo Pinheiro disse que a secretaria deveria convocar profissionais do cadastro de concursados. "Vou pedir ao Ministério Público que o contrato da Fundação Escola do Serviço Público (Fesp) com a secretaria seja suspenso e que sejam chamados concursados. Para as vagas restantes, que seja realizado outro concurso", argumentou Pinheiro.

O secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, não foi encontrado para comentar a redução do atendimento nos hospitais do estado neste feriadão.