Rosamélia de Abreu
Repórter da Voz do Brasil
Brasília - Comunidades quilombolas e trabalhadores assentados de quatro cidades da Paraíba vão poder tirar documentos como carteira de identidade, CPF e registrar-se na Previdência Social. A iniciativa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) permitirá a essas comunidades o acesso a documentos que darão direito aos benefícios de programas sociais do governo.
Neste primeiro mutirão serão beneficiados os trabalhadores rurais dos municípios de Alagoa Grande, Juarez Távora, Gurinhém e Alagoinha. A meta é atender 976 famílias de 19 projetos de assentamento e três comunidades quilombolas.
A agricultora quilombola de Alagoa Grande Severina Luzia da Silva, de 37 anos, disse que já tem seus documentos e quer se cadastrar em programas como o Bolsa Família e o Programa Nacional da Reforma Agrária. "Eu espero que este programa voltado para o negro melhore alguma coisa para nós. Eu sou agricultora, mas não tenho terra para trabalhar. Recebo R$ 45 do Bolsa Escola, mas vou me inscrever no Bolsa Família" informa.
A coordenadora do Programa de documentação da Mulher Trabalhadora Rural do Incra na Paraíba, Maria Inês Guedes, explica como o trabalho vai melhorar a vida dessas comunidades. "Primeiro, nós vamos documentar quem ainda não possui documentos. Em seguida, o Incra fará o cadastramento de toda a comunidade para incluir essas famílias nos programas sociais do governo", explica. O trabalho do Incra começou ontem (23) e termina amanhã (25).