Rio, 24/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os funcionários do grupo Eletrobrás fazem hoje paralisação de advertência por 24 horas, em repúdio ao reajuste salarial proposto pela holding no acordo coletivo 2005/2006, de 8,07%, equivalente ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado nos últimos 12 meses. A categoria, segundo o diretor da Associação de Empregados da Eletrobrás, Emanuel Mendes Torres, reivindica aumento de 8,5% (Índice de Custo de Vida/Dieese) mais 5% de ganho real a título de periculosidade.
Além do reajuste, informou Torres, os funcionários pleiteiam a equiparação de todos os trabalhadores. Atualmente, de acordo com a Resolução CCE 09 do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), ligado ao Ministério do Planejamento, são limitados os benefícios dos trabalhadores efetivados a partir de 1996. Há três anos, explicou, os empregados da Eletrobrás tentam derrubar essa resolução, porque dividiu os trabalhadores em duas categorias: uma tem o benefício integral e outra, 50% do total.
A resolução atinge 109 empresas estatais. O diretor da Associação dos Empregados da Eletrobrás lembrou que a Petrobras conseguiu derrubar a CCE 09 no ano passado e a Eletrobrás rejeitou a medida na última reunião, realizada no dia 19 em Recife (PE). Uma nova rodada de negociação está marcada para o dia 31, ainda sem local definido. Mas segundo Torres, já há previsão de greve por 48 horas, nos dias 8 e 9 de junho, dos empregados do grupo Eletrobrás e das empresas federalizadas Eletroacre (AC), Ceal (AL), Cepisa (PI), Ceam (AM) e Ceron (RO), caso a reunião com a direção da companhia não apresente avanços.