Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina, no sertão de Pernambuco, estão testando hoje no campo uma nova variedade de milho, que tem ciclo de produção precoce e apresenta produtividade superior as tradicionais. Também participam da experiência técnicos de prefeituras, agricultores e produtores de sementes da região.
De acordo com o gerente do escritório da empresa em Petrolina, Lázaro Paiva, o milho, que recebeu o nome de BRS catingueiro, pode atingir a fase de colheita após 90 dias de plantado, enquanto o ciclo de desenvolvimento das variedades tradicionais é de 130 a 150 dias. Ele observou que o tempo reduzido de cultivo é fundamental para evitar a frustração da safra, numa região marcada pela irregularidade de chuvas, como o Semi-Árido.
O grão de milho, constituído de carboidratos, proteínas, vitaminas, sais minerais, além de açúcares, gorduras e calorias, é um componente alimentar básico produzido na região do semi-árido, em larga escala, por agricultores familiares. O cereal é usado em receitas tradicionais como cuscuz, bolos, biscoitos, mugunzá e consumido in natura. O grão e a palha da planta são utilizados também na alimentação de animais.
Com a nova variedade desenvolvida pelos pesquisadores da Embrapa, a produtividade do milho pode alcançar de seis a nove toneladas de grãos por hectare. O volume é muitas vezes superior ao atingido pelas variedades tradicionais do grão.