Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) não apresentou variação em maio, depois de ter registrado alta de 1,17% em abril, conforme comunicado divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas. A taxa zero foi resultado da queda de 0,43% dos preços no atacado, ante a alta de 1,43% em abril, já que o IPA (Índice de Preços no Atacado) é responsável por 60% da composição geral do IGP-10.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, contribuíram para o recuo os alimentos in natura, os alimentos processados e os combustíveis. Ainda no grupo do atacado, continuaram em alta os preços das bebidas alcoólicas (de 0,53% em abril para 3,59% em maio) e dos medicamentos (de 2,01% em abril para 4,07% em maio).

No varejo, os preços mantiveram a tendência de alta. O Índice de Preços ao Consumidor registrou aceleração de 0,93%, depois de 0,75% em abril. Os grupos que mais contribuíram para a alta foram alimentação (1,24%), saúde e cuidados pessoais (1,23%) e vestuário (1,46%). A alta nos preços do grupo alimentação foi pressionada pelos reajustes nos preços das hortaliças e legumes (3,87%), enquanto o grupo saúde refletiu a alta dos preços dos medicamentos (4,15%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que também compõe o IGP-10, registrou alta de 0,64%, depois de ter ficado em 0,38% em abril. A alta foi puxada pelos reajustes salariais no Rio de Janeiro.

O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência e apesar de não ser usado como indexador para reajustes de contratos, serve como índice de acompanhamento da inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) e pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna).

A primeira prévia do IGP-M de maio, divulgada na semana passada, apurou deflação de 0,03% e o IGP-DI de abril também apresentou recuou de 0,51% em abril, depois de ter ficado em 0,99% em março.