Rio, 4/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os policiais foram os mais afetados pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) em 2004, no estado do Rio de Janeiro. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), junto a algumas delegacias fluminenses, 23% das 124 vítimas registradas no ano passado trabalhavam para a Polícia Civil ou Militar.
Segundo o pesquisador de "Violência e Segurança Pública" da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ignácio Cano, a ocorrência maior de latrocínios com policiais tem duas causas: "Muitas vezes, os ladrões os identificam como sendo policiais e os executam. Mas também muitos policiais tentam reagir e acabam mortos. Isso faz com que um assalto contra um policial seja muito mais perigoso do que um assalto normal".
Ignácio Cano sugeriu ainda que o ideal é que o policial ande desarmado e sem a carteira de identificação. "Nessas condições, eles são como qualquer cidadão e as chances de escapar com integridade física em um assalto são bem maiores", explicou.
Também se destacaram nessas estatísticas os comerciantes (8%), vigias (5%), aposentados (5%), motoboys (2%) e militares (2%). De acordo com o estudo, 90% das vítimas de latrocínio são homens.