Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - Uma nova área de Mercado de Capitais, criada há cerca de um mês pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, vai desenvolver formas auxiliares de financiamento, via mercado, para projetos apoiados pelo banco. A idéia é viabilizar recursos para projetos das áreas de insumos básicos e de infra-estrutura, cujas previsões de desembolsos este ano atingem, respectivamente, R$ 3,7 bilhões e R$ 21,6 bilhões.
O superintendente da Área de Planejamento do BNDES, Aluysio Asti, disse hoje no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Rio de Janeiro(IBEF/RJ) que a viabilização do crescimento desses setores passa pelo co-financiamento. O banco atuaria como articulador de "funding" (captação), imprimindo um "selo de qualidade". Segundo Asti, o banco não pode ficar sozinho na operação de financiamento às empresas em função do "tamanho da economia brasileira, que é cada vez maior".
Asti lembrou que, no passado, o BNDES financiou vários projetos em parceria com o mercado, incluindo algumas usinas de energia elétrica, por exemplo. "O banco já tem experiência nisso. Não é uma novidade para o banco, de jeito nenhum", assegura.
O superintendente destacou que a forma de atuação do novo departamento será definida, contudo, com a indicação das pessoas que irão compor essa área. Não está decidido ainda quem assumirá a Superintendência da Área de Mercado de Capitais, nem a que diretoria ela estará subordinada. Asti afirmou que todos os instrumentos de mercado de capitais, como lançamento de debêntures e fundos de investimento, e inclusive o apoio à expansão do próprio mercado, poderão ser utilizados pela novo departamento na busca de recursos para alocação nos grandes projetos.
No ano passado, as áreas de Indústria e Infra-estrutura representaram 40% e 38% dos desembolsos efetuados pelo BNDES, no montante de R$ 40,014 bilhões. Os desembolsos para a área de insumos básicos alcançaram R$1,7 bilhão. (Alana Gandra)