Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - Mais de 7 mil jovens porto-alegrenses entre 18 e 24 anos serão beneficiados até o fim deste ano com a implantação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Pró-Jovem) na capital gaúcha. O prefeito José Fogaça assina hoje em Brasília, durante cerimônia no Palácio do Planalto, termo de cooperação técnica entre o governo federal e a prefeitura, para a implantação do programa em Porto Alegre.
Segundo Fogaça, o governo federal vai investir R$ 300 milhões para implantar o Pró-Jovem no país. Alem de Porto Alegre, mais nove cidades brasileiras serão atendidas nesta primeira etapa. Ele anunciou que o primeiro núcleo do programa na capital entrará em funcionamento em junho e atenderá a 1,2 mil jovens.
O prefeito explicou que, ao todo, serão seis núcleos vinculados a um Centro de Atendimento ao Jovem Cidadão, projeto que será implementado em diferentes regiões de Porto Alegre. "É uma faixa etária com dificuldades para conseguir emprego e carente de incentivos e programas específicos", destacou.
Executado pela Secretaria-Geral da Presidência da República e pelos ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego e do Desenvolvimento Social, em parceria com as prefeituras, o programa é voltado para jovens moradores das capitais, de faixa etária predeterminada, que estejam fora do mercado formal de trabalho e que, tendo passado pela 4ª série, não concluíram o ensino fundamental.
Por meio dos convênios com as prefeituras, o Pró-Jovem oferecerá, em um período de 12 meses, oportunidade de aceleração de aprendizagem (para conclusão da 8ª série), de inclusão digital e de qualificação profissional básica. Essa capacitação será adequada às exigências de mercado de cada capital, interesse da comunidade e nível de escolaridade dos alunos.
Os matriculados no programa receberão, ao longo de um ano, incentivo mensal de R$ 100 com recursos repassados pela União. Nesse período, terão de desenvolver ações sociais em suas próprias comunidades. Segundo dados da Secretaria Nacional da Juventude, cerca de 30 mil jovens porto-alegrenses atendem ao perfil estabelecido pelo programa.
Ao final de 12 meses, os alunos prestarão exame nacional específico do programa para receber o certificado que lhes permitirá a matrícula no ensino médio e facilitará a entrada no mercado de trabalho ou a atuação por meio de empreendimento próprio em sistema de cooperativa ou de economia solidária.