São Paulo, 18/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que o governo está incentivando a exportação de produtos com maior valor agregado.
O ministro participou de encontro empresarial em que o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Benedicto Moreira, elogiou a atuação do ministério, mas observou que o saldo de exportações do Brasil é instável, porque 70% dos produtos exportados pelo país seriam "commodities".
Furlan destacou que a Agência de Promoção das Exportações do Brasil (Apex Brasil) está organizando 550 eventos no exterior, levando empresas brasileiras e abrindo novos mercados. "Quem visitou há poucos dias a [feira de cosméticos] "Cosmoprof e Cosmopack 2005", em Bolonha [Itália] e viu 32 empresas brasileiras oferecendo cosméticos com princípios ativos da biodiversidade brasileira, vê que os US$ 400 milhões que nós vamos vender, neste ano, de cosméticos brasileiros e perfumes vão ao encontro do que diz o [presidente da AEB] Benedicto Moreira", exemplificou.
O ministro acrescentou que o Brasil está vendendo para outros países produtos como jóias, calçados, moda, cosméticos e perfumes, o que comprova o empenho em exportar produtos de maior valor agregado. "A criação de volumes nesses nichos de mercado é menos fácil do que a criação de volumes com ‘commodities’ – soja, aço, minério, suco de laranja", disse. E acrescentou: "Uma alternativa é vender por tonelada e a outra é vender por unidade ou por grama. No caso de cosmético, 50 ou 60 gramas de creme ou perfume valem muito."