Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - As investigações sobre a existência de uma quadrilha armada no Paraná usada para defender fazendeiros estão até o momento travadas, na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Reforma Agrária e Urbana, conhecida como CPMI da Terra, que ocorre hoje (18) na Assembléia Legislativa. Todos os suspeitos interrogados até o momento negaram-se a responder a maioria das perguntas dos parlamentares, alegando tratarem-se de informações resguardadas pelo segredo de justiça.
O superintendente da Polícia Federal (PF) no Paraná, Jader Saab, que já concluiu seu depoimento, alegou que não poderia responder ao que lhe foi perguntado, pois um inquérito que investiga o caso está em andamento na 2ª Vara Federal de Ponta Grossa.
O segundo a depor, o tenente coronel da Polícia Militar, Valdir Copetti, suspeito de ser o chefe da quadrilha armada, também alegou segredo de justiça para praticamente todas as questões levantadas por membros da CPMI. O tenente se defendeu alegando perseguição política.
Copetti também denunciou dois secretários do estado, o secretário de segurança pública, Roberto Delazari, e o secretário de trabalho, Roque Zimeran. Acusou o secretário de segurança pública de estar envolvido com tráfico de drogas e o secretário de trabalho, de desvio de recursos destinados à reforma agrária.
Diversos integrantes do MST acompanham a sessão, que começou 14h30 e ainda não terminou. Durante os depoimentos, o assessor político do deputado Plauto Miro (PFL-PR), Emílio Ribas, foi retirado do plenário pela Polícia Federal por desacato à autoridade, causando tumulto.
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