Principal motivo da greve do INSS foi recusa a aumento salarial de 0,1%

14/04/2005 - 12h00

Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os servidores da Saúde das redes federal, estadual e municipal e também os do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que terminam hoje (14) a paralisação de 48h buscam melhores reajustes salariais, mais funcionários, melhores condições de trabalho e a adoção de um plano de carreira. Na rede estadual, os servidores também protestam contra a contratação de cooperativas de mão-de-obra, em lugar da realização de concurso público. O governo ofereceu para o funcionalismo público 0,1% de aumento.

A diretora de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Saúde, Previdência, Assistência Social) e Trabalho do Distrito Federal, Laura Gusmão, diz que a paralisação foi feita para sensibilizar o governo e fazê-lo entender que 0,1% não atende ninguém. "É uma vergonha para nós termos um governo que lutamos para eleger, pelo qual ficamos muitos anos esperando e, agora temos um trabalhador no poder, sofrermos a mesma pressão, ou até pior, do que os outros governos. É melhor não dar nada do que dar 0,1%".

O INSS informa que existe um plano de carreira na instituição, a "Carreira do Seguro Social", e os funcionários que aderiram ao plano tiveram um reajuste de 47,11%. O aumento foi parcelado. A penúltima parcela vai ser concedida em maio (11,77%) e a última no mês de dezembro (11,77%). Apenas em 2005, os servidores terão um reajuste acima de 20%. O INSS lembra que existe uma mesa de negociação salarial para todos os servidores públicos federais que está em andamento e onde podem ser apresentados todos os pontos de negociação.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev), o movimento prepara uma greve por tempo indeterminado de toda a seguridade social, que deverá ser marcada para maio.

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