Embaixador do Chile nega que salmão importado possua parasita que causa doença

14/04/2005 - 11h39

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O embaixador do Chile no Brasil, Osvaldo Puccio, negou que o salmão chileno importado seja a fonte de contaminação que provocou o surgimento de 27 casos da doença difilobotríase, contraída a partir do consumo de peixe cru infectado por um parasita. Segundo Puccio, o salmão importado é cultivado e, por isso, ingere alimentos formulados sem microcustáceos, considerados os principais transmissores do parasita.

Embora não tenha sido identificado o lote infectado, a principal suspeita ainda recai sobre o salmão chileno. Segundo a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), 100% do salmão importado vem do Chile e, desse total, 89% é fresco.

O ministro José Fritsch propôs na quarta-feira (13) que a partir de agora fosse importado apenas o salmão congelado, uma vez que o parasita não resiste às baixas temperaturas. Por conta de acordos de compra e venda firmados com outros países, a medida do congelamento não será mais adotada oficialmente pelo governo brasileiro. Em São Paulo, representantes de associações de restaurantes de culinária japonesa e importadores de pescado estão negociando a importação apenas do pescado congelado.