Jorge Machado
Repórter da Agência Brasil
Rio - Dois dos maiores postos do INSS na cidade do Rio de Janeiro abriram as portas normalmente nesta quarta-feira (13), apesar da anunciada paralisação de 48 horas dos servidores do instituto em todo o país.
Logo cedo, era grande a apreensão entre os segurados - alguns dos quais chegaram às 5 horas - na fila da agência de Copacabana. Eles temiam não ser atendidos por causa da greve. Mas, às 8 horas, as senhas começaram a ser distribuídas, como ocorre diariamente. No posto da Praça da Bandeira, o movimento também não afetou os serviços.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev) reconheceu que houve dificuldade de mobilização dos funcionários no estado do Rio de Janeiro. "Não temos o quadro geral de mobilização do estado. Em Niterói, por exemplo, temos o conhecimento de que há paralisação. No Rio deve haver algumas agências paradas. Algumas estão funcionando precariamente, sobrecarregadas pelo fato de outras estarem fechadas", explicou o diretor do Sindsprev, Jorge Ribeiro Pinto.
Mesmo com a adesão parcial, o sindicato garante que a greve está mantida. Nesta quinta-feira (14), haverá um ato público no Centro do Rio. Os servidores querem um reajuste que reponha as perdas salariais, a melhoria nas condições de trabalho e a criação de um plano de cargos e carreiras. Eles também protestam contra o aumento salarial de 0,01% proposto pelo governo para este ano. Caso a negociação não avance, os funcionários da Seguridade Social podem parar por tempo indeterminado em maio.