Estatais firmam convênios para incrementar políticas públicas de educação

28/03/2005 - 19h59

Brasília, 28/3/2005 (Agência Brasil - ABr) - Vinte e uma empresas estatais brasileiras se uniram ao Ministério da Educação para incrementar as principais políticas públicas de educação no país. Até 2006, as empresas vão colaborar para que as metas de programas como o Brasil Alfabetizado, Escola Aberta e Escola de Fábrica consigam ser implementadas. As empresas integram o Fórum das Estatais pela Educação que hoje teve a sua segunda reunião no Palácio do Planalto com a presença dos ministros José Dirceu (Casa Civil), Tarso Genro (Educação) e Eunício Oliveira (Comunicações).

Entre as empresas que integram o Fórum estão a Petrobras, Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Embrapa e Infraero. As empresas firmaram com o governo federal 12 convênios em projetos de educação. Até o final do ano, segundo o ministro Tarso Genro, mais cinco deverão ser assinados com o objetivo de fortalecer a alfabetização, educação básica, ensino técnico e profissional, e educação superior – no valor total de R$ 50 milhões. "Pela primeira vez, se constituiu entre o Ministério da Educação e as empresas estatais um relação horizontal de colaboração que não somente aporta recursos das estatais para projetos educacionais, mas desperta o Ministério da Educação na sua relação com as necessidades dessa importante base produtiva do país que são as empresas estatais", ressaltou Genro.

No programa Brasil Alfabetizado, que ensina jovens e adultos a ler e escrever, as estatais vão contribuir com recursos para a confecção de cinco milhões de livros, 150 mil pares de óculos e um milhão de kits de material escolar. As metas do programa até 2006 prevêem a distribuição total de 13,2 milhões de livros, 500 mil pares de óculos e 2,2 milhões de kits. Já no programa Escola Aberta, que tem como meta a implantação de 1.200 mil escolas disponíveis em tempo integral à comunidade até 2006, as empresas vão arcar com a construção de 200 escolas. No programa Escola de Fábrica, as estatais serão responsáveis por 150 das 500 unidades a serem implementadas em 2005 para a oferta de cursos profissionalizantes a jovens de baixa renda de todo o país.

Na avaliação do ministro Tarso Genro, a parceria também será essencial para garantir projetos de pesquisa e cooperação científico-tecnológica entre universidades e o governo. "O repasse de recursos não é o mais importante, mas a conexão entre educação e desenvolvimento, educação e projeto nacional, educação e empresas estatais", afirmou.