Rio, 28/3/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, deputado Paulo Pinheiro, defendeu hoje a intervenção estadual na rede de atenção básica à saúde, formada pelos 103 postos de saúde do município do Rio de Janeiro. Pinheiro disse que nessas unidades faltam médicos e outros profissionais da área, além de equipamentos para exames e medicamentos.
Na quarta-feira (30), os deputados deverão discutir o assunto, em encontro de que participarão prefeitos e secretários de Saúde de 17 municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro. Pinheiro explicou que o estado, como gestor pleno da saúde, não vai gerir o sistema básico de saúde no lugar da prefeitura, mas pode cobrar pelo serviço que não é prestado à população, sob pena de perda desse mesmo serviço.
O coordenador da Intervenção Federal nos Hospitais Municipais, Sérgio Côrtes, afirmou que o gestor pode, inclusive, optar pela contratação de outra entidade para administrar esse serviço que deveria ser prestado pela prefeitura carioca.
Amanhã, Côrtes visitará o Posto de Atendimento Médico (PAM) Piquet Carneiro, na Mangueira, administrado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a fim de conferir a oferta ociosa na unidade, que é de cerca de 30%, atualmente, e poderá engajada ao esforço para atender à saúde da população da cidade.
A proposta de aproveitamento do Posto – considerado o maior do Brasil, capaz de atender 3 mil consultas diárias – foi apresentada ao coordenador pelos presidentes da Federação Nacional dos Médicos, Waldir Cardoso, e do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze.