Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), relativo ao mês de março deste ano, fechou em 0,35%, 0,39 ponto percentual abaixom de fevereiro (0,74%).
Com o resultado de março, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Especial (IPCA-E) fechou os três primeiros meses do ano (janeiro a março) com alta acumulada de 1,78%. O IPCA-E registra a variação do IPCA-15 a cada trimestre. Nos 12 meses fechados em março, o índice acumulou alta de 7,31%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa, o item cursos, que em fevereiro chegou a subir 6,34% em razão do reajuste dos valores das mensalidades escolares, caiu para 0,49% no IPCA-15, contribuindo decisivamente para a retração do indicador.
Outra contribuição veio do item empregados domésticos, que caiu 1,12% para 0,13% - reflexo do impacto do 13º salário. Com preços mais baixos, passagens áreas (-4,69%), gás de cozinha (-1,11%), álcool (-0,69%) e gasolina (-0,32%), também influenciou o resultado menor em março.
A maior variação do IPCA-15 foi verificado em Brasília (0,97%) e a menor, em Salvador (0,10%). No Rio a taxa subiu 0,24% e em São Paulo, 0,45%.
O IPCA-15 é apurado pelo IBGE com base na mesma metodologia do IPCA - a taxa que serve de balizamento para as metas de inflação fixadas pelo Banco Central. Envolve os gastos das famílias com renda entre um e 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país (inclusive o município de Goiânia e o Distrito Federal). A diferença é o período de coleta dos dados. Enquanto o IPCA diz respeito ao mês civil, o IPCA-15 considera os preços de meados do mês anterior até meados do mês de referencia da taxa.