Melhorar atendimento nos postos da Previdência é prioridade para novo ministro

22/03/2005 - 21h15

Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Previdência Social, Romero Jucá, afirmou em seu discurso de posse que a principal das quatro prioridades que estabeleceu para sua gestão é melhorar o atendimento nos postos da Previdência. "Pretendo dar um atendimento mais justo à população", explicou, ao assumir a pasta em substituição ao senador Amir Lando (PMDB-RO).

Os ministros José Dirceu, da Casa Civil; Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência; e Alfredo Nascimento, dos Transportes, participaram da cerimônia de transmissão de cargo, ao lado de deputados, senadores e funcionários do ministério.

A universalização, ou ampliação do número de contribuintes, é outra prioridade de Jucá, para quem "é importante que milhões de brasileiros que estão hoje fora da base possam ir para a Previdência". Ele destacou também o combate a fraudes e à corrupção, ao informar que nesta quarta-feira terá reunião com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci: "Vamos discutir algumas medidas de combate à fraude e à sonegação, e a melhor atuação administrativa da Previdência."

O que o novo ministro definiu como perfil tecnológico da Previdência também será alvo de modificações. "Vamos mudar o sistema tecnológico para que ele se torne bom, ágil e seguro. E, assim, preste um bom atendimento à sociedade", explicou.

O ex-ministro Amir Lando afirmou que essas também eram suas prioridades. "Não as fiz porque o tempo não foi adequado. Não em termos de extensão, mas de conjunto de ações que poderíamos ter implementado nessas propostas", argumentou. Ele alertou que "a Previdência é um problema grave que ameaça as contas públicas. Ou vamos salvá-la a ou podemos sucumbir sob os escombros dela".

A escolha de Jucá, senador pelo PMDB de Roraima, para titular do Ministério da Previdência foi elogiada pelo ex-presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele ressalvou, porém, que esta não é a reforma ministerial pretendida pelo presidente Lula: "Nós temos certeza de que o presidente não tem condições de fazer aquilo que desejaria."

E o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), destacou: "O presidente Lula nos falou que suspendeu a reforma e que iria retomá-la, mas não deu um prazo. Ele tem o nosso apoio nessa condução que nós consideramos correta, equilibrada, exemplar."