Brasília - A partir de amanhã (23), a China assume o controle do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers-2), por meio do Centro de Controle de Satélites de Xi'an (XSCC). Desde julho último, o controle estava sob responsabilidade do Centro de Controle de Satélites (CCS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).
A China será responsável pelo controle do Cbers-2 nos próximos sete meses. No período sob responsabilidade do Inpe, foram feitas quatro manobras. Todas com a finalidade de manutenção da órbita dentro da faixa nominal, o que, segundo os técnicos, é imprescindível para garantir a qualidade das imagens obtidas.
Segundo a avaliação do CCS, o Cbers-2 tem se mostrado mais confiável e estável em relação ao Cbers-1, o que reflete amadurecimento do projeto de cooperação Brasil-China.
O controle do satélite consiste em monitorar e corrigir a sua trajetória, quando necessário, por meio do acionamento dos propulsores de bordo. A correção periódica precisa ser feita devido ao deslocamento da órbita, acentuado pela degradação natural da trajetória orbital. As diferenças de altura causam um deslocamento na posição do satélite, que prejudica, por exemplo, a montagem de mosaicos das imagens geradas.
Outra função do órgão responsável pelo controle é a manutenção da sincronia do relógio de bordo com o horário da Terra. Esse fator também garante a qualidade das imagens geradas. Uma terceira atividade é a constante atualização dos parâmetros orbitais do satélite.
Com informações do Inpe