Valtemir Rodrigues
Da Agência Brasil

Brasília - Uma parceria entre os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior irá criar mais 100 telecentros no país, até o fim deste semestre. A expansão da rede de telecenteros foi anunciada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior, Luiz Fernando Furlan na abertura da Semana da Inclusão Digital. Nesta terça-feira, serão inaugurados dois centros no Distrito Federal: um na Associação dos Oficineiros, Pequenos e Micro Industriais do Gama (cidade satélite do DF) e um no Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento, no Plano Piloto.

De acordo com o advogado geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro Costa, a iniciativa confirma o que tem preconizado o governo Luiz Inácio Lula da Silva, quando diz que o melhor do Brasil é o brasileiro. "E quanto melhor for o brasileiro, mais bem informado for, poderá desenvolver suas potencialidades em todos os sentidos da vida", disse.

Para o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, é importante a participação de voluntários da sociedade civil para dar mais eficácia ao programa de inclusão digital. Ele comparou a inclusão digital com o Programa Bolsa-Família e disse que ambos os programas buscam a inclusão social. "A inclusão digital e a inclusão social estão muito próximas", afirmou.

A expansão da rede de Telecentros faz parte do projeto de Inclusão Digital do Governo Federal e é articulada pelo Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior junto ao Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

A idéia dos telecentros é criar mais oportunidades de trabalho e renda. Esses centros normalmente são instalados em associações empresariais, organizações da sociedade civil de interesse público, organizações não-governamentais (ONGs), unidades do Exército, governos estaduais e municipais, órgãos públicos federais, estaduais e municipais.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luís Fernando Furlan, destacou que a meta é equipar os 5.565 municípios brasileiros com telecentros. No primeiro semestre, deste ano, a meta é alcançar as regiões de fronteira, como a Amazônia. Furlan disse que essas regiões foram escolhidas por serem mais carentes. Ele alertou que não adianta nada criar um telecentro na grande cidade e deixar uma pequena localidade do interior da Amazônia sem esse serviço. "Primeiramente será feito o destacamento dessas regiões de fronteira e pequenas cidades, porque ali os beneficiados poderão estudar e ter acesso a emprego e renda".

Atualmente cada telecentro é equipado com dez computadores e possui um ambiente voltado para a oferta de cursos e treinamentos presenciais e à distância, informações, serviços e oportunidades de negócios. O objetivo é fortalecer as condições de competitividade da microempresa e da empresa de pequeno porte, além de estimular novos empreendimentos. O telecentro também serve como instrumento de aproximação entre empresários, instituições públicas e privadas, organizações não governamentais e a sociedade em geral.

No telecentro os computadores são ligados entre si e conectados à internet. Técnicos treinados auxiliam micro e pequenos empresários a usar o computador como uma ferramenta útil de trabalho. Com a inclusão digital, as pequenas empresas podem oferecer melhores produtos e serviços aos consumidores, ampliar sua própria capacitação e a de seus funcionários, obter informações que as torne mais competitivas nos mercados interno e externo e incrementar a geração de emprego e renda no país.