Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) prevê a criação de um Fundo de Áreas Protegidas (Fap) de US$ 240 milhões. Ele servirá como fundo fiduciário de capitalização permanente - uma modalidade de fundo que recebe doações e faz investimentos, cujos rendimentos serão utilizados para apoiar a manutenção das unidades de conservação UCs) da Amazônia.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) estima que o custo anual de manutenção de uma UC na Amazônia seja de US$ 200 mil. O Fap será gerido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), uma entidade civil que também tem representantes governamentais.
Os US$ 240 milhões devem ser arrecadados por um Comitê de Captação de Recursos criado pelo MMA. Dele fazem parte, além do ministério, o Banco Mundial (Bird), o banco de cooperação do governo alemão (KfW), o próprio Funbio e a organização ambientalista internacional WWF-Brasil. "Cada uma dessas entidades vem buscando recursos nas instituições com as quais têm mais afinidade. Há doações de governos, empresas, associações e indivíduos", informou Ronaldo Weigand, coordenador do Programa Arpa. Até agora foram arrecadados US$ 1,5 milhão.
O Arpa tem duração prevista de 10 anos. Foi criado em 2000, mas entrou em operação apenas em 2003. Nos quatro primeiros anos, segundo Weigand, o programa tem uma verba de US$ 80 milhões, dos quais apenas US$ 2 milhões foram gastos. Para os outros seis anos, a previsão é de que o Arpa disponha de US$ 70 milhões para investimentos diretos nas UCs. "Esse recurso não passa por dentro do governo. É vinculados diretamente ao Funbio", explicou Weigand.