Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de um encontro que durou cerca de três horas com o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, o presidente da Varig, Carlos Luiz Martins, disse que não veio em busca de uma evolução nas negociações com o governo para contornar a crise da empresa. Martins explicou que, no encontro, informou ao ministro como estão as negociações e quais são as possibilidades.
Para ele, Alencar é a pessoa que mais tem contribuído para a busca de uma solução" para a crise na Varig. Martins observou, no entanto, que "não adianta querer instá-lo a falar sobre nomes de candidatos interessados em operar a companhia, porque ele não vai falar sobre isso, por um acordo de confidencialidade".
Para Martins, a Varig é um bom negócio, apesar de ultimamente a mídia ter tentado mudar essa percepção. "Como tal, vários investidores estão interessados, e nós viemos comunicar o progresso das negociações ao vice-presidente, que também está interessado em uma solução", acrescentou. Segundo Martins, Alencar tem buscado harmonizar várias opiniões, até conflitantes, dentro do governo, em busca de uma solução. "Será uma solução de mercado, uma solução normal para uma empresa privada", ressaltou Martins, alegando um "acordo de confidencialidade" para não declinar os nomes dos candidatos interessados em operar a companhia.
O presidente da Varig destacou que a empresa e o conselho de curadores estão pacificados. Além disso, a Fundação Ruben Berta continua exercendo seu regime democrático, disse Martins, afirmando que não está "no paredão. Se estivesse, tenho certeza de que seria salvo".