São Paulo, 16/3/2005 (Agência Brasil - ABr) - As duas principais centrais sindicais do país lamentaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), de aumentar a taxa básica de juros (Selic) de 18,75% para 19,25%. O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, divulgou nota destacando que a elevação "só vem reforçar a necessidade de democratização do órgão deliberativo máximo do sistema financeiro, o Conselho Monetário Nacional (CMN)". Nessa terça-feira (15), a central, entidades empresariais e personalidades do meio acadêmico lançaram campanha pela ampliação do Conselho, composto atualmente por três membros: o presidente do Banco Central e os ministros da Fazenda e do Planejamento.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, destacou em nota que a medida "nos consagra com a triste marca de sermos campeões em taxas de juros do mundo". Paulinho alertou que, a exemplo dos dois últimos dias, em Brasília, a Força "continuará realizando protestos em todo o país visando à mudança dos rumos da economia brasileira". A nota destaca ainda que "os trabalhadores não suportam mais ser penalizados com juros estratosféricos, que punem o setor produtivo e a geração de novos postos de trabalho".