Érica Sato
Da Agência Brasil

São Paulo – A atual taxa de juros da economia, a Selic, "é uma distorção" que custa aos brasileiros "R$ 120 bilhões ao ano", afirmou hoje o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Questionado sobre sua expectativa em relação a uma possível alteração da taxa Selic, que está sendo discutida hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, Skaf afirmou que os juros são tão elevados que extrapolam os patamares atuais de discussão.

"Sinceramente, eu não vejo nenhum problema se a Selic de hoje, em vez do que está (18,75%), estivesse a 12%, 13%. Acho que os juros são altíssimos. Sem falar do spread bancário. Fora os juros pagos e os bilhões pagos pelo governo. A sociedade, as pessoas físicas, as pessoas jurídicas pagam anualmente R$ 120 bilhões de juros. Nós todos aqui pagamos R$ 120 bilhões por ano. Juros e spread bancário. Fora o que o governo paga. Isso é uma distorção no Brasil. Até o FMI no relatório dele citou e destacou esta questão das taxas de juros no Brasil. Não somos nós que estamos falando. Até o FMI destacou isso", disse.

Skaf participou, em São Paulo, do lançamento da Campanha pela Ampliação do Conselho Monetário Nacional", que a Fiesp apóia, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Confederação Nacional da Indústria (CNI). O movimento tem o apoio também da Força Sindical e da Central Geral dos Trabalhadores, além de outras entidades civis, empresários e pesquisadores.